Pandemia e fome estão levando milhares de pessoas ao trabalho sexual no México
As dificuldades causadas pela pandemia do coronavírus forçaram as ex-trabalhadoras do sexo no México a voltarem a trabalhar alguns anos depois de deixarem a profissão. A pandemia tornou o trabalho mais perigoso e obrigou alguns a fazer sexo em carros ou nas calçadas devido à falta de hotéis acessíveis.
Claudia, que, como a maioria das profissionais do sexo entrevistadas, só pedia para ser chamada pelo primeiro nome, parou de trabalhar na rua há dez anos, após se casar com uma de suas ex-clientes. Mas quando o marido dela perdeu o emprego no início da pandemia, o casal atrasou quatro meses no pagamento do aluguel.
A única solução que Claudia viu foi voltar a trabalhar na rua.
“Era uma renda para nos alimentarmos, para pagar o apartamento que devemos”, disse Claudia, que agora só deve um mês. “É difícil voltar e ver quantos dos meus colegas de trabalho dos velhos tempos da minha era estão voltando para fazer o mesmo ...”
Elvira Madrid, que lidera o grupo de ativistas femininas Street Brigade, disse que seu grupo encontrou 15.200 trabalhadoras do sexo nas ruas da Cidade do México em agosto, quase o dobro do número antes da pandemia.
De acordo com as estimativas de Elvira, 40% das pessoas que agora estão nas ruas são mulheres que deixaram a profissão, mas foram forçadas a retornar devido à pandemia, outros 40% são recém-chegados à profissão e 20% são trabalhadoras sexuais ocasionais que decidiram ganhar dinheiro extra. ...
Madrid diz que conhece cerca de 50 profissionais do sexo na Cidade do México que morreram de COVID-19. Ela e seu companheiro de longa data, o também organizador Jaime Montejo, contraíram a doença, e ele morreu em maio passado. Profissionais do sexo que se reúnem do lado de fora de uma estação de metrô acreditam que Montejo contraiu o coronavírus enquanto as ajudava, e no Dia dos Mortos no México, no outono passado, ergueram um altar para ele na praça onde muitos deles trabalham.
Madri estima que as trabalhadoras do sexo perderam 95% de sua renda devido à pandemia.
Claudia, que, como a maioria das profissionais do sexo entrevistadas, só pedia para ser chamada pelo primeiro nome, parou de trabalhar na rua há dez anos, após se casar com uma de suas ex-clientes. Mas quando o marido dela perdeu o emprego no início da pandemia, o casal atrasou quatro meses no pagamento do aluguel.
A única solução que Claudia viu foi voltar a trabalhar na rua.
“Era uma renda para nos alimentarmos, para pagar o apartamento que devemos”, disse Claudia, que agora só deve um mês. “É difícil voltar e ver quantos dos meus colegas de trabalho dos velhos tempos da minha era estão voltando para fazer o mesmo ...”
Elvira Madrid, que lidera o grupo de ativistas femininas Street Brigade, disse que seu grupo encontrou 15.200 trabalhadoras do sexo nas ruas da Cidade do México em agosto, quase o dobro do número antes da pandemia.
De acordo com as estimativas de Elvira, 40% das pessoas que agora estão nas ruas são mulheres que deixaram a profissão, mas foram forçadas a retornar devido à pandemia, outros 40% são recém-chegados à profissão e 20% são trabalhadoras sexuais ocasionais que decidiram ganhar dinheiro extra. ...
Madrid diz que conhece cerca de 50 profissionais do sexo na Cidade do México que morreram de COVID-19. Ela e seu companheiro de longa data, o também organizador Jaime Montejo, contraíram a doença, e ele morreu em maio passado. Profissionais do sexo que se reúnem do lado de fora de uma estação de metrô acreditam que Montejo contraiu o coronavírus enquanto as ajudava, e no Dia dos Mortos no México, no outono passado, ergueram um altar para ele na praça onde muitos deles trabalham.
Madri estima que as trabalhadoras do sexo perderam 95% de sua renda devido à pandemia.
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